O tédio e o marasmo tomam conta de um grande número de cristãos. Não são raros os momentos em que as pessoas se pegam questionando o valor do culto nesta complexa “religiosidade evangélica tupiniquim”.
A ausência de vontade em estar no culto é gritante. Acredito que tem sido um tormento, para muita gente boa, quando o relógio anuncia a fatídica hora de se “fantasiar” de cristão e ir à igreja.
Mesmo assim muitos corpos se arrastam como de costume, bem “arrumadinhos”, para o momento da “teatralização” do “sagrado”, cujo espetáculo ilusionista “enfeitiça” o público sem alma.
A musicalidade esfuziante e a pregação “gritante” destacam as peripécias de um “deus” que se satisfaz em manipular o mundo dos mortais, favorecendo os “melhores” com dádivas espetaculares e cobrando dos “piores”, uma melhor performance religiosa (pagar o preço).
Reconheço que não sou muito “espiritual”, mas tenho tido bons momentos de espiritualidade distante do enquadramento eclesiástico. Desconfio que homens e mulheres estejam percebendo (tardiamente?) que a igreja não tem o monopólio do sagrado.
Obviamente que não estou defendendo a ausência do cristão em relação à igreja, apenas denuncio a falência de um modelo que não corresponde à demanda espiritual do indivíduo.
Um modelo, que ao se prostrar diante de um “deus medíocre”, se distancia completamente do Reino de Deus, criando um profundo abismo no interior das pessoas, anulando qualquer possibilidade de uma fé autóctone e independente.
Alguns ambientes “evangélicos” estão produzindo, literalmente, uma multidão de viciados em “êxtase religioso”, uma droga que permite viajar no alucinógeno mundo “místico-mágico”.
O problema maior está na volta ao mundo real. Não são poucas as pessoas que se frustram com a rapidez do retorno, que acontece logo após o termino (ou seria o efeito) do “culto”, cuja realidade por si só não consegue libertá-las da necessidade de mais uma “dose”.
Os “profissionais do púlpito” falam da embriagues do “poder”, numa alusão equivocada ao derramar do Espírito no dia de Pentecostes, pois àqueles foram cheios para servirem à causa nobre do Reino e sacudiram o mundo, enquanto nós nos enchemos de “algo” que não subsiste ao virar da próxima esquina.
É obvio que não tenho um manual que favoreça um cenário diferente do que temos hoje. Ouso apenas “sonhar” com uma comunidade que faça o mínimo de sentido. Que possa rabiscar caminhos possíveis para uma espiritualidade “pé no chão”.
Sonho com uma comunidade que fomente uma espiritualidade relacional com Deus em profundo amor. Que no mínimo produza “espanto” e “temor” (não confundir com medo). Que se encanta com a ternura e graciosidade do Deus que aceita ser chamado Aba pai!
Sonho, também, com a possibilidade de viver uma espiritualidade relacional com o “outro” em amor “humanizador”, estando no meio de gente e não “super-heróis” com “super-poderes”.
Sonho ainda, com uma espiritualidade problematizadora, que não aceita padronização, enquadramento e alienação. Que reforce a idéia de que somos sujeitos históricos, e não um bando de soldadinhos de chumbo, aguardando a manipulação do “divino”.
Eu acredito que é possível!!
A ausência de vontade em estar no culto é gritante. Acredito que tem sido um tormento, para muita gente boa, quando o relógio anuncia a fatídica hora de se “fantasiar” de cristão e ir à igreja.
Mesmo assim muitos corpos se arrastam como de costume, bem “arrumadinhos”, para o momento da “teatralização” do “sagrado”, cujo espetáculo ilusionista “enfeitiça” o público sem alma.
A musicalidade esfuziante e a pregação “gritante” destacam as peripécias de um “deus” que se satisfaz em manipular o mundo dos mortais, favorecendo os “melhores” com dádivas espetaculares e cobrando dos “piores”, uma melhor performance religiosa (pagar o preço).
Reconheço que não sou muito “espiritual”, mas tenho tido bons momentos de espiritualidade distante do enquadramento eclesiástico. Desconfio que homens e mulheres estejam percebendo (tardiamente?) que a igreja não tem o monopólio do sagrado.
Obviamente que não estou defendendo a ausência do cristão em relação à igreja, apenas denuncio a falência de um modelo que não corresponde à demanda espiritual do indivíduo.
Um modelo, que ao se prostrar diante de um “deus medíocre”, se distancia completamente do Reino de Deus, criando um profundo abismo no interior das pessoas, anulando qualquer possibilidade de uma fé autóctone e independente.
Alguns ambientes “evangélicos” estão produzindo, literalmente, uma multidão de viciados em “êxtase religioso”, uma droga que permite viajar no alucinógeno mundo “místico-mágico”.
O problema maior está na volta ao mundo real. Não são poucas as pessoas que se frustram com a rapidez do retorno, que acontece logo após o termino (ou seria o efeito) do “culto”, cuja realidade por si só não consegue libertá-las da necessidade de mais uma “dose”.
Os “profissionais do púlpito” falam da embriagues do “poder”, numa alusão equivocada ao derramar do Espírito no dia de Pentecostes, pois àqueles foram cheios para servirem à causa nobre do Reino e sacudiram o mundo, enquanto nós nos enchemos de “algo” que não subsiste ao virar da próxima esquina.
É obvio que não tenho um manual que favoreça um cenário diferente do que temos hoje. Ouso apenas “sonhar” com uma comunidade que faça o mínimo de sentido. Que possa rabiscar caminhos possíveis para uma espiritualidade “pé no chão”.
Sonho com uma comunidade que fomente uma espiritualidade relacional com Deus em profundo amor. Que no mínimo produza “espanto” e “temor” (não confundir com medo). Que se encanta com a ternura e graciosidade do Deus que aceita ser chamado Aba pai!
Sonho, também, com a possibilidade de viver uma espiritualidade relacional com o “outro” em amor “humanizador”, estando no meio de gente e não “super-heróis” com “super-poderes”.
Sonho ainda, com uma espiritualidade problematizadora, que não aceita padronização, enquadramento e alienação. Que reforce a idéia de que somos sujeitos históricos, e não um bando de soldadinhos de chumbo, aguardando a manipulação do “divino”.
Eu acredito que é possível!!