O titulo pode parecer um tanto quanto incoerente para muitos, inconseqüente para outros, mas na verdade precisamos reconhecer que o cristianismo de certa forma falhou em sua nobilíssima missão de transformar o mundo num lugar mais justo à vida.
O sonho de uma comunidade que seguisse fielmente os ensinos de Cristo teve pouca duração na história, basta ler os primeiros capítulos de atos dos apóstolos para perceber que a natureza humana, com sua forte inclinação para o pecado, determinou os caminhos a serem trilhados pelos seguidores de Jesus.
Apontar um marco histórico exato, a cristianização do ébrio império romano, para explicar o declínio do cristianismo é cair em simplificações estapafúrdias. É sabido que acontecimento como aquele não surge do acaso, mas é fruto de um silencioso processo de adequação aos interesses de quem dita as regras.
Evidentemente que nunca houve escassez completa de homens e mulheres cheios de piedade e temor ao Senhor, mas é fato inconteste que as estruturas de poder seduziram os lideres do passado e desde então capitulamos.
O cristianismo impôs um código de regra, mais conhecido como dogma, de difícil execução, restringiu os privilégios religiosos aos “selecionados” e perpetuou uma “espiritualidade” de elite.
A preservação do status adquirido determinou as ações posteriores. Instalou-se uma relação promiscua com o estado e vidas foram destruídas com a demoníaca desculpa de que prevaleceram os interesses do “reino”.
O eurocentrismo cristão do século XV devastou o novo mundo: povos dizimados, mulheres violentadas, crianças assassinadas e a miséria perpetuada como legado social.
A partir do século XVIII a elite cristã capitalista da Europa fatiou a África e a Ásia como uma pizza e os EUA e a Inglaterra fixaram seus tentáculos na América Latina para garantirem mercados para os seus produtos. A título de exemplo, com o patrocínio da Inglaterra o Paraguai foi quase dizimado pela tríplice Aliança - Brasil, Argentina e Uruguai – pois sua industrialização colocava em risco os interesses Britânicos na região.
Para combater o avanço comunista no pós-guerra de maneira mais efetiva os Estados Unidos lançaram a “Doutrina de Segurança Nacional”, cujo objetivo era fortalecer os militares dos paises Latino-americanos no combate aos partidos de esquerda e conduzí-los ao desenvolvimento econômico (capitalismo), sob a égide do imperialismo americano é claro.
Este período se transformou em mais um triste episódio na tão sofrida história dos Latino-americanos que tiveram seus direitos cerceados com ausência de liberdade de expressão, fim dos partidos políticos, repressão a manifestações públicas, fechamento dos sindicatos e proibição de movimentos sociais.
É correto afirmar que os EUA na defesa de seus interesses imperialistas patrocinaram o terror nas ditaduras militares da América Latina sustentando seu (sub) “desenvolvimento”.
Em suma, a fé cristã se distanciou tão fortemente de suas origens que vergonhosamente se voltou contra Jesus, crucificando-o ao defender os interesses dos poderosos e negligenciando os oprimidos.
As pisadas do Mestre desapareceram sob a espuma suja dos interesses egoístas dos “seguidores de Cristo”.
Hoje temos um mundo a beira do colapso. Os séculos de dominação das nações cristãs esgotaram os recursos naturais, essas mesmas nações continuam sangrando a economia dos países pobres e o mundo não está melhor para quase dois bilhões de pessoas.
O cristianismo continua sua trajetória de alianças espúrias, oprimindo as massas com sua mensagem adocicada, prometendo triunfo aos seus seguidores e cauterizando as mentes rebeldes.
Onde estão os verdadeiros seguidores de Cristo?
Tentando sobreviver sob os escombros fétidos da decadente história do Ocidente cristão.
2 comentários:
Fantastica a Sua Descrição sobre o Cristianismo...
Lixo do começo ao fim. Prova de que você não faz ideia do que está escrevendo está no primeiro parágrafo.
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